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domingo, 13 de setembro de 2009

Por Nossa Livre Arte



Aos que defendem a arte, e a liberdade, aqui vão as minhas ressalvas. Nas palavras posso gaguejar, mas as idéias são convictas.
Não temam! Pois que nós, neste momento, somos portadores da Razão!
A Razão está em nossas mãos!
Nas mãos que seguem malabarizando palavras e atos, em defesa de mais um patrimônio do povo que é golpeado pelas velhas ferramentas de manipulação e política partidária. Temos razão, ponto.
Pouco me agrada lembrar aos políticos, o seu devido papel. Mas se isso se faz necessário, me permito esse importuno papel fazer.
Não me parece conciso, acreditarem os vereadores, prefeito e demais representantes que em suas mãos se encontram o poder de decisão pelas questões da cidade, do estado, ou do país. Que foram eleitos para defenderem seus respectivos interesses, ou suas respectivas bandeiras, siglas, empresas, cargos, propriedades, etc.
Lembro-vos caros. Que vos colocaram ai para que sua figura fosse à imagem que representassem um povo (ingenuidade? Não. Verdade!) e as necessidades da população.
Pouco importa a que classe, credo, crença ou raça tú pertenças. Deves, mesmo nessa democracia duvidosa que vivemos, representar a vontade da maioria, como de maneira geral, não ocorre.
Porém, vos alerto!
Aos olhos dos que tem a percepção de artistas - na conseqüente sobriedade - confrontar os interesses culturais, sociais e populares com decisões ingênuas e antidemocráticas, não será um ato daqueles que se passam em descaso. O povo és sábio.
Não cabe a suas funções definir o que já está definido e carimbado pela classe artística e cultural da cidade. Mas como aqui, nessa vendida e amada terra, Brasil (mundo!), acostumaram-se a desvirtuar as idéias e inverterem posições, ainda devemos nos lembrar do significado da palavra representar.
Senhor, excelentíssimo, fulano, és uma imagem do povo que o elege.
Serás, e se não és deverás ser, a figura pela qual as necessidades do povo se concretizam, e só. Que lhe caiba a razão, que só ai estás, porque as leis da física não permitem a pouco menos que mil mãos fazerem apenas uma assinatura num pedaço de papel. Por isso, sua mão bem paga a fará. E vai assinar logo abaixo das palavras que o povo redigir. Simples, direto e claro. Aceitarás, e obedecerás o povo. Você é um empregado do povo. Deves atender ao seu pedido e as suas necessidades, assim como seu criado lhe atende quando lhe pede um café.
A classe artística já decidiu. A Escola Livre de Teatro, não pertence à prefeitura. Pertence ao povo, e aos artistas. Pertence a quem bem se apetece dela. O que lá fazem a desorganizar tudo?
O que lá fazem a desordenar?
Só, lhes aviso apenas.
Não será permitido que nossas Escolas Livres sejam transformadas, na condição de descaso, mentira, manipulação e caos, a que esse sistema mantém a sociedade.
Pelo contrário.
Nossas escolas farão de tudo, para transformar a sociedade em que se encontra na maneira livre e democrática que praticamos e defendemos através da nossa arte.


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