Tic Tac
Já conheço essa voz.
Canta sussurrando tão leve
que de leve estoura os tímpanos.
Leva o ponteiro a flechar o peito,
Atingir o calcanhar,
Pegadas na areia da praia.
Escute o já popular ruído.
Respiração ofegante e pálido.
Construindo novo corpo de milares dê.
Milhares Eus
Entrelinhas tortas
Procurando minar o mundo
com as próprias mãos
Por trás do espetáculo em que todos atuam
Suor
Cheiro humido da resistência
a papéis descartáveis
Curvo-me e entrego cada dedo
e dente
e idade,
Entrega.
Perda, Morte, Renascimento.
Contra a corrente, o vento, e A maré
E o ar deseja te afogar,
E o vento te sufocar,
E a massa te esmagar,
Enquanto ameaçam te matar...
e a maré música
e a maré dança
e a maré poesia
e a maré vida.
E o nauFrágil já vem
Desperto,
Encharcado de fatos que sonhei
Afogado
na quantidade de luz que respirei
Tic Tac
(+_+).
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