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quinta-feira, 23 de junho de 2011

Com licença... Poética

Sei que as notas soaram fora de hora,...
Mas é música! fora de hora...
Mais ainda assim é música!
É que o som é consequência
das cordas que vieram em nossas mãos...
Tal como ferir-se no espinho da Rosa,..
E como olhar diretamente para o Sol...
Vivo,
o vermelho da Rosa,
o vermelho do sangue...
A Luz ofusca a vista,
Mas é o Sol!
Mas é a Rosa!
É o Sol no céu!
Assim é o som que soou...
Despretensioso,
Inevitável,
Oculto,
Nítido,
Como ignorar sua melodia?
Se não são nossos ouvidos a ouvir,
mas nosso coração a escutar...
Posso interromper as batidas?
Guardar numa caixinha de música
e esquecê-la no baú de recordações?
Dá pra espirrar sem piscar?
Acaso dá pra vomitar pra dentro?
As trancas não vão impedir o pulsar...
O cadeado e o baú de lembranças vão vibrar,
Como a nota que soou fora de hora...
Como ahora sem tempo...
Como o tempo sem relógio...
Como relógio sem pulso
sem pulso...
sem pulso...
sem pulso...
Sentes o pulso?
Sem pulsar o nosso Ar
não se vê,
não se toca,
mas se escuta,
doce respirar...
O vôo que depende de ti clama tuas Asas!
O Amor que tudo sofre,
tudo crê,
tudo espera
e tudo suporta,
Não se satisfaz com as cinzas,
Ele necessita de fogo!
Não aceita os limites dos arranha-céus e do concreto,
Pralém do cinza,
o Por do Sol!
Os dedos já se tocaram,
A música soou,
Eu suei,
Meu suor rega o jardim,
liberto de tuas raízes...
Pois ainda que semeie,
ainda que germine,
ainda que cresça,
ainda que floresça...
Sem Amor...
... Nada Seria.
Flor minha,
em seu pequeno vazo pequenina,
mas em significado infinita!
Vem florescer livre comigo?
Se trancafiarmos a Melodia agora
a Música que soou na hora errada
Deixará de tocar em Sua hora...
ora.
meu Amor.
ora.


Amém.


(+_+).

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