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terça-feira, 28 de dezembro de 2010

o tempo...


Os dias vão e não voltam, e por volta e meia nos perdemos num circulo sem volta...

Acreditando estar num caminho qualquer, sem ao menos sequer estar acordado.

E quando abrimos os olhos vemos, estamos no agora passado.

Por volta e meia todos encarcerados no mesmo tempo que passou e voltou.

E vai, e volta,

E vai, e não volta.
Vai pra nunca mais voltar, e de repente, aparecer.

É o ponteiro do relógio dando voltas

(+_+).

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Conspiração Lunática dos Devaneios Vivos,... A Lua Grita!

F.Nicholas! diz:
 só
 vo ali
 ja vorto
Lucas diz:
 você é livre ai, dai até o lugar onde você vai
 então sinta-se a vontade
 hahahahahah!
 vamos ver a lua mano
 2 minutos
 pode ser você ai
 e eu aqui
F.Nicholas! diz:
 a lua num tá visivel daui
Lucas diz:
 mas dá
 mas dá


Lucas diz:
 vamos ver a lua?
 2 minutos
 vê ai que eu vejo aqui
 hahaha
[b][c=1]♥ p a t y y ♥[/c]é nada[/b] diz:
 suhashuasuhahusahus eu juro que eu queria ver... o problema é minhacasa ta trancada e pra euver a lua eu tenho que sair de casa e ai vou acordar meus pais
 sauhashusahuashu
 tira uma foto pra mim?
Lucas diz:
 essa é a idéia
 2 min
 mas se tú visse ela!
 tú faria questão de acordar seus pais pra ver também
 =]
 vou
[b][c=1]♥ p a t y y ♥[/c]é nada[/b] diz:
 juraa? =z
 adoro a lua
 queria que minha casa tivesse janelinhas
Lucas diz:
 faz uma
 quebra o teto?
 por quanto tempo mais viverá ai?
 se tens uma noção, pode calcular se vale a pena
 =]
[b][c=1]♥ p a t y y ♥[/c]é nada[/b] diz:
 pouco...a casa é alugada
 =\
 quano eu for morar sozinha quando uma casinha com mutas janelas
Lucas diz:
 mas você mora no memso lugar ainda né?
[b][c=1]♥ p a t y y ♥[/c]é nada[/b] diz:
 simsim moro sim
 é que a casa é alugada
 então não posso fazer muita coisa
 e acho q se eu falar pra o meu pai q vou quebrar o teto pra ver a lua ele iinfarta
Lucas diz:
 hahahaa
 mas então tú tem que ter a manhã de abrir a porta sem que eles vejam
 hauhuaa
[b][c=1]♥ p a t y y ♥[/c]é nada[/b] diz:
 sauhhsuahassahuashu olha eu venho tantado fazer isso ha uns 3 anos
 quando eu chego em casa de manhã
 pra eles não tentarem bribar comigo
 um dia eu consigo
 ai eu vejo a lua
 sauhashuahusahuhaus
Lucas diz:
 olha que é crime não ver uma lua dessas tendo olhos para tal
[b][c=1]♥ p a t y y ♥[/c]é nada[/b] diz:
 aiiii
 tA....
 vou fumar e vou ver a lua
 juro
Lucas diz:
 não falei rpa você fumar!
 idiota!
 iuashduiahsiudhsaidasda
 não fuma
 não creio que tem fumado
 você pe esperta.. você não mano.. você não
[b][c=1]♥ p a t y y ♥[/c]é nada[/b] diz:
 exageradamente
Lucas diz:
 meu inimigo tabaco não pode ter te sequestrado
 ó não
 o que farei
 =/
[b][c=1]♥ p a t y y ♥[/c]é nada[/b] diz:
 pois é....sequestrou....faz 2 anos
Lucas diz:
 mas não faz 3
 ainda dá tempo
 seje esperta
 reflita 3 minutos direto
[b][c=1]♥ p a t y y ♥[/c]é nada[/b] diz:
 na verdade faz tres...mais frequentemente faz 2
Lucas diz:
 sobre porque parar de fumar e como
 e chegue a sua conclusão
 reflita.. profundamente.. nem é preciso tanto para achar milhões de motivos
 mas não faz 4!
[b][c=1]♥ p a t y y ♥[/c]é nada[/b] diz:
 eu consegui ficar sem fumar...1 mes
 mais voltei
 mentalmente me faz bem
Lucas diz:
 mentalmente, sua mente deveria te fazer bem sem precisar de nenhumalgo
 se precisa do cigarro para estar bem.. não está bem
 se precisa de alguma coisa pra conseguir se acalmar.. se não ati mesma..
algo que te faça pensar... se não seu próprio neurônio
 então.. ai está algo errado.. menina
 mas não comerei mais tua mente
 fica a dica
 3 minutos de reflexão...
[b][c=1]♥ p a t y y ♥[/c]é nada[/b] diz:
 na verdade eu tinha diminuido até quase parar
 até que eu terminei com o bruno
 e dai voltou tufo
Lucas diz:
 sobre o delírio, a vida, e a esperteza... a beleza.. a estética
 =]
 há uma diferença entre a beleza e a estética
 pense nisso
 =]
[b][c=1]♥ p a t y y ♥[/c]é nada[/b] diz:
 adoro conversar contigo...eu tomo bronca sem tomar
Lucas diz:
 que bom saber disso
 tomaste duas broncas haha
 uma por fumar
 e outra por não ver a lua !
 hahaha
 vou lá conversar com ela tadinha
 ela tá dançando lá sozinha
 convidou grosssas nuvens e tudo
 armou um belo espetáculo..
 pena que os homens agora dormem
 escondidos na caverna
[b][c=1]♥ p a t y y ♥[/c]é nada[/b] diz:
 asuauhshuashu vou fazer companhia pra ela...vc me convenceu
Lucas diz:
 não podem ver o quão belo
 vou lá que ela quer atenção



F.Nicholas! diz:
 eu vi ela a caminho de volta pra
 cá
 está linda
Lucas diz:
 mas cê tú viste ela agora, tú fazeria questão de se obrigar a ir a vê-la
F.Nicholas! diz:
 mai 20 minutos ainda
 tu leu meu blog por isso falou dos poemas?
Lucas diz:
 vou ver a lua
 ler a lua
 vorto de pues


 Lucas diz:
que fazes ai?
 vamos sair?
 vamos ver a lua?
 vai ver a lua já! vai agora!
 que não fará mais que seu dever como homem portador da vista

Thiago diz:
 oi
 rs
 eu fui abrir o portão pro meu amigo agora há pouco e vi a lua
 tá bem bonita mesmo cara

Lucas diz:
 não cara
 ela tá mais que bonita
 ela tá uma lua, bonita, no céu, e podemos vê-la
 e podêmos lê-la
 e podemos fazer companhia pra ela... dançar sobre ela
 ela olha dali
 enfeita o céu dos amantes
 prosea com os poetas
 delira as notas musicais de um louco desvairado compositor perdido
 desliga a luz do teu apartamento pra enxergá-la melhor
 faz teu sangue fluir ao levantar seu rosto pra cima
 levanta nosso rosto.. eleva nossa face
 ela grita mano!
 ela grita
 lá no alto!
 ela grita!
 ela quer ser ouvida
 ela quer ser escutada por nós... tolos humanos
 mas estamos cá.. por debaixo do concreto...
 protegidos da beleza..
 protejidos do infinito...
 presos na descrença
 nos devaneios ilusórios da doença humana
 na loucura cotidiana
 no sono necessário, para o dia do amanhã no trabalho
 ela grita!
 ela quer ser ouvida!
 ela quer nossa atenção
 convidou as nuvens e faz do céu um espetáulo... a céu aberto..
 abriu o céu...
 o universo nú diante de nós..
 mas o desfoque do cinza, não nos deixa ver..
o cinza do nosso coração de pedra, não nos permite sentir
 quero ouvir a lua mano!
 quero dançar com ela...
 enquanto os homens dormem
 nos teus abrigos de pedra
 nas tuas celas irreais...
 na tua grade de olhar...
 que não enxerga...
 e não escuta..
 e não percebe...
 o brado cantigo do astro..!
 o poema escrito pra todos que vivem na noite...
 e os engravatados perdem o espetáculo que não custa ne um ingresso...
 enquanto os cães de rua..
 lá estão.. a admirar, merda... surtudos!..
 sua brilhante estrela..
 nosso invisível satélite...
 nossa porta redonda e branca no breu...
 nosso farol
 despercebido..
 ignorado..
 ei lua..
 eu vejo você
 (+_+).


 vou lá ouvi-la
 tadinha
 preparou todo o espetáculo..
 vou comarecer!
 comparecer
Thiago diz:
 no topo do seu prédio
 ?




[b][c=1]♥ p a t y y ♥[/c]é nada[/b] diz:
 tinha razão a lua ta linda
 bomm vai lah
 bjos e se cuids tbm


F.Nicholas! diz:
 mano
 eu acho que vou chora
 hahaha
Lucas diz:
 com o que?
F.Nicholas! diz:
 haha tu blogo papo de eme esse ene
 com o som que eu to ouvindo
 hahahaha

sábado, 18 de dezembro de 2010

Reclamo! ...mas não Proclamo




- Reclamar é bão!
Reclamar é bão demais...
Sentado no meu sofá eu reclamo o dia todo... Na mesa do bar, na roda de amigos,...
Mas não vô lá não!
mas não vô lá...
Reclamar de verdade verdadeira? ah, ai não né, assim não dá...
Tá bom assim, pra mim...
não desejo(preciso) mudar 





- Meu amigo(a)...


TIRE ESSA BUNDA DO LUGAR!




ATO
Kassab está proibindo a arte de rua e o direito de expressão, agredindo artistas.
Manifestação Artística Pacífica pelo direito CONSTITUCIONAL de fazer arte nas ruas e de passar o chapéu, porque gorjeta não é comércio, é doação. Dia 20 às 12h no MASP - Av. Paulista SP

 Lucas 
Ato pela arte livre na paulista dia 20 às 12h no MASP e  RT!

domingo, 5 de dezembro de 2010

Sinestesia das Palavras Ausentes

(?) (ou, sem nome.      precisa?) 20h08 – 24.11.2010













Se o nome fosse nomeado,
não teria significado...
Se a intenção não fosse o instinto,
não restaria intuição...
Se o saber fosse apenas pensar,
o Coração não precisava aprender...
Não foi a coragem que fez o homem Voar,
Foi o medo de ficar no chão...
Foi o desejo de partir que fez a Roda...
A Música surgiu da tentativa do silêncio...
A vontade inabalável do trocar, não fez dinheiro...
fez no tocar...
Nascer o Beijo.
Um par de pés descalços pisaram num formigueiro
e começaram a dançar...
Os olhos até hoje nada enxergam,
mas tudo pensam Ver...
Quero dizer que a língua tenta Falar,
mas o coração é quem diz...
Admitir ser racional,
é ser completamente Louco...
Pois quem possuí a razão?
Não se tornou ignorante?
A Sabedoria está na massa...
A idéia acende a Luz...
A luz acende a escuridão...
feche os olhos... veja...
tape os ouvidos, escute...
Sinta o cheiro da flor...
Mastigue o Ar...
Nossa boca a salivar o delírio...
o potêncial... o impulso... o fato...
o delírio...
de nada poder Saber,
mas de tudo poder Sentir.

(+_+).

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

SOU SER SER SOU


20.11.2010 -03h42 


nada é tudo
tudo é nada
metade inteiro
inteiro metade
sou pouco
muito e só
semente
fruto
e pó
massa moída
notas musicais
moeda sem valor
de tudo sou
um pouco
um nada
de nada
sou grato
por tudo
isso
aquilo
aquele
aquela
peça a chave
peço para entrar
desejo voar
sou
meio copo
meio vazo
água fresca
flor grotesca
laço nó
retrato
filme
tela
mancha de tinta
camisa furada
cabelo barba
chinelo descalço
boto a bota
sou estrada
sou casa
lar doce
lar
respirar
olhos teus
branco preto
preto branco
colorido
pobre rico
virgem
dom juan
escritor de versos
poeta e rabisco
guarda-napo
aprendiz de filósofo
aprendiz de professor
papel rasgado
folha em branco
e tudo que não escrevi
e nada do que disse
sou todos
sou ninguém
alguém
do nada
cada pedaço
outrem
sem
saber
ser
deixo de ser
isso tudo
isso nada
me diz
o que sou?
torno-me a ser
o que nunca
fui
nada
e torna-se
o turno
do ser
nada é tudo
tudo é nada
quero ser
o tempo
todo
todo
o tempo
deixando de ser
nada
serei
tudo...
nada...
tudo..
nada..
tud..
nad..

.

.

.

(+_+).

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Hoje é novembro

[11h57min – 01.11.2007]

Hoje é novembro.
Ontem era outubro, hoje é novembro.
Depois de amanhã será dezembro,
E num piscar de olhos, mais um ano se passou.


As pessoas andam.
As pessoas seguem diferentes caminhos
Sem perceber, que estão, na mesma direção.
Sentidos contrários para um destino só.


Só eu caminho,
Caminho só na multidão urbana.
Vidas relativas a uma coisa só,
Passos mudando passos


Passos caóticos interligados
Que fazem o mundo girar,
E girando em torno das minhas idéias,
Me perco no tempo tentando encontrar


Outro destino,
Para chegar
Em um lugar distinto de toda essa ilusão,
Vivenciar o imaginário dessa minha abstinação.


Por um lugar onde encontrar vida a ermo,
Uma utopia onde nada é esmo.


(+_+).

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Como passos na chuva...


a PoSsibiLidadE DEe SeentIRR, pErrCebeR (+_+)

Asas do Amanhã


24.11.2010 – 16h50
Se a palavra for ingrata,
A prosa vira grito.
Se o grito não for pra fora
de nada valeria isto.

Semeia na Prosa, teu bom ouvido
Olha e Escuta
Ouve e Vê
Respira o canto das Asas
que no amanhã irão bater... (+_+).

sábado, 27 de novembro de 2010

uma parte do todo?..

Cães Sem Donos?


13h40 – 27.11.2010

De onde vem este sangue?
Para onde ele escorre?
Muda era esta guerra,
Mortos não podem falar.
Mas os de nós não puderam enxergar,
Todo disparo de valores não podiam escutar.
Todo foco de incendio ao longe não incomodar.
Todo inseto do mato.
Mato, não haverá.
De sermos cães sem donos,
Pois de donos iremos trocar...
Suco espalhado no Chão.
Roupa estendida no varal.
Chinelo havaiana quebrado.
Nas paredes a toca dos Ratos.
E no depois, se esquecerá?

(+_+).

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Um Chá Rabiscado em Xícaras de Prosa

para Lita


# bobos versos pra ti memória

E os rabiscos perdidos noutrora fizeram-se esquecer...
e a prosa solta, e os sorrisos envergonhados se fizeram perder...
o tempo deu voltas na chícara e fez o açucar se dissolver...
mas o mundo girou, e a atmosfera trouxe de volta,
as risadas e companhias madrugais de verdades nossas em prova
que amizade, se verdadeira, é infinita e nada pode à fazer morrer...
o companheirismo de nossa hora, novamente se fez nascer (+_+).

Personagem da Parábola do Ser

26.11.2010 - 01h23

Faz tempo que a insônia não me pega
Para estender nossa prosa
Dos inconsciêntes pensamentos
Que teimo em esconder

Sentidos conectados
Com as verdade indigestas,
Teimosas de gestos
E os versos que querem aparecer
...
No Ser
Serei...
Aquilo que me permitir
Ser
Serei...
Personagem da parábola do Ser

Parei...?...

Voltei meu rosto pra luz
Pra iluminar a face que
Prende a expressão
Vou libertar

Corações endurecidos e
Asfixiados por caixas metálicas,
Mas a melodia chegou pra tocar e livrar,
Quando escutarem os parafusos retorcerem-se
Enfim livrar
...
O Ser
Serei...
Aquilo que me permitir
Vou ser
Serei...
Personagem da parábola vou ver
O Ser
...                                                                          (+_+).

Meus Braços Abertos em Reticências...

te convido para as aventuranças da vida..
se pegardes minha mão e deixar-me lhe guiar..
pelas trilhas e caminhos transversáis..
que nos lançam aos olhares horizontais...
quero-te comigo sem amarras..
quero minha amizade solta das amarras..
pegar na tua mão para caminhar.. dançar e até bradar os velhos cantigos de uma rua sem dono..
o cão de guarda só faz uivar...
um mar está a nossa espera..
quem sabe lá.. não seja lá..
vamos virar um calendário...
saltar de um espaço tempo para um novo ano?
te convido a esconder-se comigo em comunidade de amigos por fazer..
numa praia deserta.. aquela que já lhe contei..
para reunir sem repetir passos já dados, porque o mesmo já ninguém aguenta...
vamos beber idéias..
saciar a sede em poesia..
matar a fome em abraços e laços do outróra..
crês em meus passos?
crê em mim?
crês no que creio?
reunir corações amados ao redor de um fogo..
aquecer nosso espirito..
conectar nossas almas..
em uma nova cosmovisão distendida não imaginada..
creio..
na prosa musical..
no contato sobrenatural que exercem nossos olhos..
vejo..
todos ali.. pés, e mãos.. bocas e olhos..
e nossos ouvidos a escutar lá no fundo..
todos e quaisquer sutis ruídos
que estivermos gritantemente a expressar naquele
nosso silêncio (+_+).

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Pare de Se Fumar

Anderson, você tem que parar de fumar!
Olha pra mim!... (olhos sérios concisos)
Você tem que parar de fumar!
Pelo menos você bebe água...
Porque você não faz o tratamento da água?


Toda hora que você quiser tomar um cigarro, ao invés disso, fume um copo d'água (+_+).

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Morte Morrida

que engraçado agora... cliquei escrever email escrevi um micro-texto e enviei pra lista da escola de cinema.. rs olha o que saiu..


deu vontade de escrever sobre o tema.


A morte pegou a foice, cavou um buraco, e se enterrou lá...
violetas nasceram no jardim das mariposas
a morte se suicidou?
ninguém mais morrerá..
talvez ela tenha percebido que já mortos todos estavam por lá

fim +_+


talvez a lista esteja morta.. talvez as pessoas também..
mais provavel que seja eu..

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Eu-Lírico o poeta da esquina

17h17 dom 24.10.2010
...
Eu-Lírico o poeta da esquina
julgaram louco,
Conclamava seus versos rabiscados
em acordes e descordes desafinados.

Sua voz em desatino,
bradava a cantoria rouca,
engasgada, vitrola
riscada em tons de alegria.

A vitrola dos tons,
de ira, tristeza, furia, levesa,
Sorria, chorava, falava, cantava
nem o canto se perdoava,

O poeta da esquina
só podia ser louco,
Nem a pena o ajudaria,
Porque as moedas não recolhia.

Não passava o chapéu,
Não se explicava,
Aparecia, fechava os olhos,
E seu violão tocava

Simples, a tudo agradecia,
Mesmo quando não haviam
palmas, que eram raras,
Agradecia as atenções dispensadas

E assim seguia...

Parado na esquina,
dos transeuntes apressados,
Ritmava o fluxo, a Máquina
Quebrava o ritmo, clamava atenção

Se o maior dos músicos
se encontra-se ao seu lado,
Não chamaria tanta atenção
Como este louco e seu violão.

Louco? Não penso ser não.
O guru dizia, que ele só fazia,
Com muita gratidão,
O que mandava o seu coração.

As notas se sobrepunham,
As palavras se misturavam,
Versos e rimas se desencontravam
Ninguém explicava o que acontecia.
Quando suas pálpebras se juntavam

Soavam canções, poesias,
simples, estranho, perdidas,
Rabiscos que expressava em versos que não podia
Poderia?
Tentava tocar impossível melodia.

Ah... se o poeta tivesse mais vozes!
Para compartilhar sua cantoria,
Bradaria em cada estrofe
tudo aquilo que sentia.

Ah, se o poeta da esquina
tivesse mais de um coração!
Cada um, no seu ritmo, bateria,
dividindo e ritmando, cada tipo de emoção.

Se o poeta, quem diria!
Tivesse mais braços, mais mãos,
Mais corpos para expressar,
tudo aquilo que tentava tocar.

Era estranho, zuado,
embaralhado, desritmado
Era nítido, ver seu corpo, seus dedos
tentando, desesperados, sutis, mal comportados,

tirar de ouvido e sem cifras,
sem acordes, papéis, partituras,
Essa eclosão de sentidos amotinados,
Que transbordavam de seus olhos perdidos,
vivos, malogrados,...

Foi então que Surtou,
desequibrado em seus passos famintos,
Bradou, dançou, tocou,
cada mente civilizada com sua torta melodia

Rodopiou no mundo ali criado,
Girou e entortou os endireitados,
Libertou as pessoas tímidas,
E todas que condenadas estavam em suas rotinas

Surto, explosivo, surto,
choque, impulso, impacto
Subvertia em cada nota que fazia
O que a gravata reprimia...

Sim, A opressão tentou barrá-lo
Mas quando a tirania havia chegado
Todos ali, em suas asas já haviam decolado
Não demorou, para o capitão, também ser semeado.

E foi no meio da alegria que partiu,
Ao fim de sua última nota, ao chão caiu,
De joelhos orou,
E com sua mais bela melodia, se despediu.

E todos ali se perguntaram,
Passava fome? Sentia frio?
Lamentaram perder no dia de seu nascimento
Aquele que de novo os reluziu.

Do que vivia? Nada comia?
Se alimentava de ideias, percepções,
Bebia e saciava sua sede em sentimentos,
Explicava o guru, em lamentações.

E todos choravam ali,
pela ida do louco poeta,
que pecou somente em sentir mais
do que seu corpo pode suportar

Mas o poeta da esquina clamava alegria!
E compartilhando a tristeza do povo chorou em chuva,
Lavando ali cada alma,
libertava de novo o Amor...

Então sorriu em Sol maior,
e todos guardaram na memória
a dor e a alegria do louco e libertador
poeta da esquina!


(+_+).

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Sementes de um Instante

13h21 - 22/10/2010



Mais uma distância sendo criada pelo mundo que nos separa.
Sem que se alegrasse, unimo-nos e celebramos a comunhão de nossas almas em uma causa.
Para desgosto do mal, nossas palavras faziam poesia, e da nossa melodia nascia nova vida.
Foi um instante, eu sei, mas ali, nós, juntos ascendiamos mais uma vez, uma semente, pronta a se cultivar.
Foi um instante, sim, por um só instante, mas a deriva das nossas sóbrias loucuras dependuramos nossos livres passos e voamos.
Livres e Juntos.
Todos em Nós por um instante.
Dançamos os mesmos passos ao redor da esfera corrompida, poderoso malabarismo de corações e mentes.
Mas a terra gira, e no balançar dessas voltas, caimos distantes daquele profundo e verdadeiro instante, que poderia mudar tudo.
O maligno mundo sorriu quando nossa poesia se partiu. Quando nossa melodia silênciou, e a nossa semente não se semeou.
E o instante eterno nos pulsos que deliram nossos sonhos ficou pra depois.
Não por nós, não vamos catalogar os egos em culpa.
Mas escrevo...
Pra que seja sabido de Todos.
Que enquanto nosso instante dorme.
O mundo torto sorri, imaginando ter derrotado.
E só com um giro um pouco mais forte em torno de si.
Toda a força e o poder dessa Arte, que de natureza em cria de liberdade e bondade, fez-se por partir e cair em fragmentos distantes,
de um instante (+_+).

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Grades do Pensar


Seg 04.10.2010 – 12h05

Multidão de Neurônios escassos,
Compulsivas idéias trocam tiros
No labirinmto complexo do pensar.
Anceio o Saber. O compreender.
O Amar.
Caminhos. Respostas. Mas sei...
Só o tempo pode dar.
Vivo o anceio do agorismo,
da percepção sóbria em desatino,
do tempo que escorre em intenso fluxo.
Poucos me compreendem.
Poucos compreendem o Tempo.
Pode parecer insanidade,
tortas palavras e versos
dançam entre labirintos
sem paredes...
E se perdem...
Na maior prisão que um humano pode estar.
Seu próprio pensar.


Sim.

O mesmo que o vai livrar
de qualquer grade que venham o colocar.
Sim. Só o espirito liberta.

(+_+).

Quando os Passos se Prendem na Liberdade


31/08/2010 – 18h59 7 hora

Me vejo preso num delírio insano e cego, que procura a razão.
Acorrentado na minha busca pela Liberdade...
Aprisionado na Luta pelo livre que me tornei...
tudo o que digo...
tudo o que Faço...
tudo o que Grito...
Caminhos que encontro para outra era que ninguém quer ver...
Que ninguém quer viver...
Pois ninguém quer queira
o poder de querer deixar
o agora de viver, o agora de querer.
Sem enxergar caminho,
enxergo...
Sem perceber, procuro,
vejo...
Danço nesse caos indigno
Danço... e perco o tino
que brada o valor!
Da Sobriedade que Cultivo
E sozinho permanesso.
Nessa pelejo sem trégua,
me pondo do avesso...
Sem você...
Sem mais nada.
Além do céu, é claro.
Que delira minhas perspectivas para um lugar onde não se põe ponto no fim...
Somente em devaneios vivos.
Só mente pra crer...
No agora que vivo sempre no Amanhã,
e me esqueço de viver.

Pois pra isso me porto a correr.
Para que se possa, um dia se
ver nascer o Outróra.


(+_+).



sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Dia do Professor


Tem uma velha história que diz que existem dois professores nas salas de aula, e e que a educação em São Paulo tá boa.. gente, quem foi a incrível mente de fantástica criação que pode criar esse tipo de romance? Podia ter cultura nas escolas públicas também. Arte. Podia ter filme, palestra, debate, mas não é interessante para os imperadores do Brasil.

Imaginem se um lugar onde as pessoas tem comida, luz, casa, educação e tempo...
logo essas pessoas aprenderiam a ler.. ler de verdade
e lendo aprenderiam a pensar.. e iam pensar o seguinte..
porque precisamos de alguém para nos governar?
e ai a
 cadeia hierarquica ia ser rompida.
A sociedade hierarquica depende da ignorância e de uma certa miséria... por isso a educação não muda, porque tem que ter sempre alguém em cima e outro em baixo. Fabrico e mantenho a miséria, para existir a riquesa, e eu possuí-la.
No império do Japão... o imperador não se curva a ninguém.. a não ser.. a um professor
Porque até mesmo o imperador perisou de um professor..
Me acalmo, e luto, pois um professor e revolucionário amigo meu, chamado Jesus.. disse que um dia haveria um reino que não haveria Reis.. nem Reinos.. seria um único reino... uma única nação, sem fronteiras, sem maiores e menores... onde cordeiros e leões deitarão lado a lado, o mais forte protegeria o mais fraco e um apoiaria o outro, não como hoje.. o mais forte oprimindo e dominando o mais frágil...
bem... lá haverá liberdade, bondade e criatividade, e só haveria uma única lei....
amem uns aos outros, respeitem-se, amém

Sonhos Sonhos

Escolha

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

potencial perdido em desatinos de ações impulsivas

Valvula de Escape
Turbulência corporal
Vivências de Multiplicidade
Em capacidade intelectual,
A distração no gozo Saudável
Não dispensa a busca real do curável
Agir Localmente Pensar Globalmente?
Coerente, mas dá se sequência
Globalizar a Ação local
Possibilitar o Gozo Gneralizado
Experimentar a Audácia
O Pensamento Não Morre Na Ação (+_+).

Frações de Grãos Perdidas do Tempo

rabiscado seg 16/08/2010 15h41 e fotos lucas duarte de souza

Os insetos parecem a salvo no seu abrigo de Pedra.
Como bactérias, espalhadas, se propagam aos montes,
Feito pragas desse submundo Subjulgados pelos vírus.
Que permeiam as artérias direcionando o fluxo.
Pulsa o Cinza.
Ferve a Jaula.
2 graus negativos e seu ponto de ebulição não se altera.
Alternam-se as Correntes
Corroem-se Patas
Destroem-se Dentes
Inseridos, Encarcerados
nas entrelhinhas das lápides rochosas.
Moribundos por cegos nos trilhos da destruição
Unidos na segregação
Fracionados, Fragmentados na Alienação.
Ilesos na Consciência.
Amorfinados e Ordenados
Organizadamente na Cadeia da Desordem.
Cumprindo as Regras.
Respeitando as Leis.
Na regulamentação do Caos.
Já estão em quarentena.
Nós. Já estamos em quarentena.
E enquanto o Sol se põe.
E os crepúsculos pintam o céu.
Lá estão. Os grãos de areia,
Presos.
Em devaneios que clamam
Somente, as utopias incoerentes
de um mercado inexistente.
Números.
Números piscam na Tela.
E numa fração de segundos,
o Sol nasce outra vez,...
Já não existem mais.
Insetos, Bactérias, Vírus, Grãos de Areia,
Parafusos, Zumbis, Urubus, Máquinas...
Não há mais ninguém.

E a Aurora pinta o céu do outrora.

(+_+).

grito em silêncio

05/07/10




Vim pra dizer algo, mas sem saber o que viria a ser dito.
Enfim digo.
O que penso, o que sinto, sempre disse, sempre fiz.
Pude ver, e assim revelar aquilo que percebi a todos os que ao meu redor e no meu caminho se encontraram...
Posso viver o que penso, posso viver o que sinto...
A música que toco a que ouço, é aquilo que faço, a cena que atuo, o Ato. O Ato.
Vejo o mundo. Vejo o mercado.
Compra e Venda, falsos valores são papel moeda.
Deseducação, Desinformação, ninguém quer questionar. Ninguém quer viver a questão, e propor a tal solução.
Me chame ninguém.
Ninguém quer abrir mão do conforto, do bem estar, da "paz" do agora, do "bem estar" de outrora.
Vejo velhos deprimidos, jovens e seus devaneios, crianças aprendendo as primeiras palavras, "papai" "mamãe"
e as primeiras frases...
"compra papai?", "compra mamãe?" "mamãe, to com medo"..
Quero os olhos e a inocência daquelas crianças.
Quero sentir o frio nos pés descalços na garoa sob o asfalto, e sob o vento seco, o nariz escorrendo, e a cultura isolada, a margem, ao longe! ao longe!
Na tela, nada se vê. Além do reflexo cego de nosso corrompido ego.
Alimentando-nos de sonhos materiais, e de músicas e poesias de fabriacas, publicitárias, e comerciais.
Quem és tú? Que fazes aqui?
Vou livrar-me disso aqui... ou morrer tentando..
ninguém quer, niguém vê, ninguém percebe, ninguém quer agora, todos querem amanhã, e o amanhã nunca será, pois sempre sonham amanhã, Ninguém diz hoje,
Vomito.
Seres humanos aprisionando seres que podem voar em gaiolas, para ouvir seu canto, que devia ser livre.
Músicas, aquelas que gritam a rebelião e a liberdade, das quais milhares escutam, mas quantos a levam a sério?
Palavras ditas por bocas distintas e cabeças sóbrias, perdidas nos blogs, discursos e nas mesas de bar, diários, pseudo artistas, palavras ditas, belas, bem definidas, palavras não vividas.
Só, contra a corrente, tento multiplicar-me e curar...
e me curar e me reduzir a simplicidade do que nunca ultrapassei.
Percebi, não adianta gritar.
De nada valem os versos reais nessa casa de bonecas de falas gravadas e malinterpretadas.
Se parte o nó da gravata.
Se a perta o nó da gravata.
O óleo ainda vaza.
A água ainda sobe.
As toras ainda caem.
Ninguém escuta.
Ninguém fala.
Ninguém vê.
Ninguém Faz.
Mórbida arvore seca de vida... ninguém ainda acredita em ti.

Me Chamem Ninguém
(+_+).