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terça-feira, 24 de janeiro de 2012

quando nem mesmo o silêncio consegue ser dito.

palavras clandestinas
tentando a fuga...
engolidas, oprimidas,
mudez abaixo...
o barulho absurdo,
do tudo que não se diz.
o som absurdo,
de tudo que se diz
quando se não consegue dizer
nem mesmo o silêncio.
quando nem mesmo o silêncio consegue dizer.
quando nem mesmo o silêncio consegue ser dito.
(+_+).

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Sendo

Tudo que vomito, cuspo
esvazia,
seca,
evapora.

Tudo que mastigo, respiro,
digere,
enche,
transborda.

Tudo que sinto, percebo,
flui,
transpassa,
move.

Tudo que permito, disponho,
ressuscita,
incendeia,
vive.

(+_+).

quando o silêncio grita

Quem ouve o apito?
Quem sempre escuta?
Quem nunca ou viu?
Ressoa na mesma nota
Frequência aguda
Intensa.
INTENSA.
O espaço calado nem nota.
A dor do silêncio, e teu
Grito.
Quer dizer algo?
Tudo tem um propósito?
É sempre quente esse som.
Agudo e quente.
Não importa a estação.
Está aqui, irrompe no timpano.
Te explico o que nem sei.
Mas sei,
pois Sinto (+_+).

...incompleto

(...)
faz tanto tempo,
que as formas até se perdem,
o verbo vira substantivo
e o significado palavra.
palavra perdida,
verso solto, a deriva,...
Como uma mensagem
numa velha garrafa,
embriagada de lucidez
por seu destino incerto.
A incerteza salgada,
como lágrima...
que desliza sem tempo..
a deriva.
(+_+).