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terça-feira, 30 de novembro de 2010

Hoje é novembro

[11h57min – 01.11.2007]

Hoje é novembro.
Ontem era outubro, hoje é novembro.
Depois de amanhã será dezembro,
E num piscar de olhos, mais um ano se passou.


As pessoas andam.
As pessoas seguem diferentes caminhos
Sem perceber, que estão, na mesma direção.
Sentidos contrários para um destino só.


Só eu caminho,
Caminho só na multidão urbana.
Vidas relativas a uma coisa só,
Passos mudando passos


Passos caóticos interligados
Que fazem o mundo girar,
E girando em torno das minhas idéias,
Me perco no tempo tentando encontrar


Outro destino,
Para chegar
Em um lugar distinto de toda essa ilusão,
Vivenciar o imaginário dessa minha abstinação.


Por um lugar onde encontrar vida a ermo,
Uma utopia onde nada é esmo.


(+_+).

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Como passos na chuva...


a PoSsibiLidadE DEe SeentIRR, pErrCebeR (+_+)

Asas do Amanhã


24.11.2010 – 16h50
Se a palavra for ingrata,
A prosa vira grito.
Se o grito não for pra fora
de nada valeria isto.

Semeia na Prosa, teu bom ouvido
Olha e Escuta
Ouve e Vê
Respira o canto das Asas
que no amanhã irão bater... (+_+).

sábado, 27 de novembro de 2010

uma parte do todo?..

Cães Sem Donos?


13h40 – 27.11.2010

De onde vem este sangue?
Para onde ele escorre?
Muda era esta guerra,
Mortos não podem falar.
Mas os de nós não puderam enxergar,
Todo disparo de valores não podiam escutar.
Todo foco de incendio ao longe não incomodar.
Todo inseto do mato.
Mato, não haverá.
De sermos cães sem donos,
Pois de donos iremos trocar...
Suco espalhado no Chão.
Roupa estendida no varal.
Chinelo havaiana quebrado.
Nas paredes a toca dos Ratos.
E no depois, se esquecerá?

(+_+).

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Um Chá Rabiscado em Xícaras de Prosa

para Lita


# bobos versos pra ti memória

E os rabiscos perdidos noutrora fizeram-se esquecer...
e a prosa solta, e os sorrisos envergonhados se fizeram perder...
o tempo deu voltas na chícara e fez o açucar se dissolver...
mas o mundo girou, e a atmosfera trouxe de volta,
as risadas e companhias madrugais de verdades nossas em prova
que amizade, se verdadeira, é infinita e nada pode à fazer morrer...
o companheirismo de nossa hora, novamente se fez nascer (+_+).

Personagem da Parábola do Ser

26.11.2010 - 01h23

Faz tempo que a insônia não me pega
Para estender nossa prosa
Dos inconsciêntes pensamentos
Que teimo em esconder

Sentidos conectados
Com as verdade indigestas,
Teimosas de gestos
E os versos que querem aparecer
...
No Ser
Serei...
Aquilo que me permitir
Ser
Serei...
Personagem da parábola do Ser

Parei...?...

Voltei meu rosto pra luz
Pra iluminar a face que
Prende a expressão
Vou libertar

Corações endurecidos e
Asfixiados por caixas metálicas,
Mas a melodia chegou pra tocar e livrar,
Quando escutarem os parafusos retorcerem-se
Enfim livrar
...
O Ser
Serei...
Aquilo que me permitir
Vou ser
Serei...
Personagem da parábola vou ver
O Ser
...                                                                          (+_+).

Meus Braços Abertos em Reticências...

te convido para as aventuranças da vida..
se pegardes minha mão e deixar-me lhe guiar..
pelas trilhas e caminhos transversáis..
que nos lançam aos olhares horizontais...
quero-te comigo sem amarras..
quero minha amizade solta das amarras..
pegar na tua mão para caminhar.. dançar e até bradar os velhos cantigos de uma rua sem dono..
o cão de guarda só faz uivar...
um mar está a nossa espera..
quem sabe lá.. não seja lá..
vamos virar um calendário...
saltar de um espaço tempo para um novo ano?
te convido a esconder-se comigo em comunidade de amigos por fazer..
numa praia deserta.. aquela que já lhe contei..
para reunir sem repetir passos já dados, porque o mesmo já ninguém aguenta...
vamos beber idéias..
saciar a sede em poesia..
matar a fome em abraços e laços do outróra..
crês em meus passos?
crê em mim?
crês no que creio?
reunir corações amados ao redor de um fogo..
aquecer nosso espirito..
conectar nossas almas..
em uma nova cosmovisão distendida não imaginada..
creio..
na prosa musical..
no contato sobrenatural que exercem nossos olhos..
vejo..
todos ali.. pés, e mãos.. bocas e olhos..
e nossos ouvidos a escutar lá no fundo..
todos e quaisquer sutis ruídos
que estivermos gritantemente a expressar naquele
nosso silêncio (+_+).

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Pare de Se Fumar

Anderson, você tem que parar de fumar!
Olha pra mim!... (olhos sérios concisos)
Você tem que parar de fumar!
Pelo menos você bebe água...
Porque você não faz o tratamento da água?


Toda hora que você quiser tomar um cigarro, ao invés disso, fume um copo d'água (+_+).

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Morte Morrida

que engraçado agora... cliquei escrever email escrevi um micro-texto e enviei pra lista da escola de cinema.. rs olha o que saiu..


deu vontade de escrever sobre o tema.


A morte pegou a foice, cavou um buraco, e se enterrou lá...
violetas nasceram no jardim das mariposas
a morte se suicidou?
ninguém mais morrerá..
talvez ela tenha percebido que já mortos todos estavam por lá

fim +_+


talvez a lista esteja morta.. talvez as pessoas também..
mais provavel que seja eu..

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Eu-Lírico o poeta da esquina

17h17 dom 24.10.2010
...
Eu-Lírico o poeta da esquina
julgaram louco,
Conclamava seus versos rabiscados
em acordes e descordes desafinados.

Sua voz em desatino,
bradava a cantoria rouca,
engasgada, vitrola
riscada em tons de alegria.

A vitrola dos tons,
de ira, tristeza, furia, levesa,
Sorria, chorava, falava, cantava
nem o canto se perdoava,

O poeta da esquina
só podia ser louco,
Nem a pena o ajudaria,
Porque as moedas não recolhia.

Não passava o chapéu,
Não se explicava,
Aparecia, fechava os olhos,
E seu violão tocava

Simples, a tudo agradecia,
Mesmo quando não haviam
palmas, que eram raras,
Agradecia as atenções dispensadas

E assim seguia...

Parado na esquina,
dos transeuntes apressados,
Ritmava o fluxo, a Máquina
Quebrava o ritmo, clamava atenção

Se o maior dos músicos
se encontra-se ao seu lado,
Não chamaria tanta atenção
Como este louco e seu violão.

Louco? Não penso ser não.
O guru dizia, que ele só fazia,
Com muita gratidão,
O que mandava o seu coração.

As notas se sobrepunham,
As palavras se misturavam,
Versos e rimas se desencontravam
Ninguém explicava o que acontecia.
Quando suas pálpebras se juntavam

Soavam canções, poesias,
simples, estranho, perdidas,
Rabiscos que expressava em versos que não podia
Poderia?
Tentava tocar impossível melodia.

Ah... se o poeta tivesse mais vozes!
Para compartilhar sua cantoria,
Bradaria em cada estrofe
tudo aquilo que sentia.

Ah, se o poeta da esquina
tivesse mais de um coração!
Cada um, no seu ritmo, bateria,
dividindo e ritmando, cada tipo de emoção.

Se o poeta, quem diria!
Tivesse mais braços, mais mãos,
Mais corpos para expressar,
tudo aquilo que tentava tocar.

Era estranho, zuado,
embaralhado, desritmado
Era nítido, ver seu corpo, seus dedos
tentando, desesperados, sutis, mal comportados,

tirar de ouvido e sem cifras,
sem acordes, papéis, partituras,
Essa eclosão de sentidos amotinados,
Que transbordavam de seus olhos perdidos,
vivos, malogrados,...

Foi então que Surtou,
desequibrado em seus passos famintos,
Bradou, dançou, tocou,
cada mente civilizada com sua torta melodia

Rodopiou no mundo ali criado,
Girou e entortou os endireitados,
Libertou as pessoas tímidas,
E todas que condenadas estavam em suas rotinas

Surto, explosivo, surto,
choque, impulso, impacto
Subvertia em cada nota que fazia
O que a gravata reprimia...

Sim, A opressão tentou barrá-lo
Mas quando a tirania havia chegado
Todos ali, em suas asas já haviam decolado
Não demorou, para o capitão, também ser semeado.

E foi no meio da alegria que partiu,
Ao fim de sua última nota, ao chão caiu,
De joelhos orou,
E com sua mais bela melodia, se despediu.

E todos ali se perguntaram,
Passava fome? Sentia frio?
Lamentaram perder no dia de seu nascimento
Aquele que de novo os reluziu.

Do que vivia? Nada comia?
Se alimentava de ideias, percepções,
Bebia e saciava sua sede em sentimentos,
Explicava o guru, em lamentações.

E todos choravam ali,
pela ida do louco poeta,
que pecou somente em sentir mais
do que seu corpo pode suportar

Mas o poeta da esquina clamava alegria!
E compartilhando a tristeza do povo chorou em chuva,
Lavando ali cada alma,
libertava de novo o Amor...

Então sorriu em Sol maior,
e todos guardaram na memória
a dor e a alegria do louco e libertador
poeta da esquina!


(+_+).