Páginas

segunda-feira, 9 de março de 2009

Sem Imagem

Destrua minha face máquina... Destrua...
Destrua minha face grande máquina.

Se não podemos nos dominar...
... Então destrua-me...

Caso contrário...
... Serei obrigado a te destruir.

Não aceito essa maquilagem,...
Não aceito tal estética ilusória e tal vaidade.

Mata-me! Eu vejo a verdade. Mata-me!
Enquanto pode... Apaga-me deste seu mundo.

Antes que seja tarde pra você.
Antes que seja tarde pra nós dois.

Não há domínio sobre mim!
Tentei deixar-me julgar... Mas não pode... Mas não pude...
Terei que me julgar a mim mesmo.

Pois não aceito meia vida, nem meia morte...
Não consigo beber dos teus privilégios, nem comer...
Pois disto, vomito ele todo.

E torno-me a vagar...

Mata-me. Ou terá que por minhas mãos Morrer!

09/03/2009 – 16:03:03 (+_+).

domingo, 8 de março de 2009

[08:54] (+_+) [26/02/2009]




Cá me vou, engolido pelo fluxo, suprimido pela massa individual...
... Cá me vou, sufocando-me neste imenso cárcere...
... eu não me vejo. Não me vejo mais, e não sei onde estou..
Os pensamentos vão sendo aprisionados; E as palavras vão morrendo... Idéias moribundas dentre corpos vivos em almas mortas...
Então perco-me... Esmagado pela multidão pacional, levado, arrastado pelas máquinas, que circundam nossa programação. Ai então... ... Ai então não escuto mais os gritos, não escuto mais. Não escuto mais os gritos que apesar de oprimidos, me permitiam respirar, me permitiam esperar. ... Então a nossa voz calou-se. A nossa vista faz meu olhar arder, como se a todo instante brasas acesas em grossa poeira se elevasse, enquanto teimo em permanecer de olhos abertos. Meu corpo emagrece, alimentado pela solidão de quem já não sente prazer em comer. As veias e as artérias saltam da pele... ...Elas ainda me levam... Ainda não me vejo. Ninguém pode te ver... ninguém consegue ver Ninguém. ...Ninguém...
Deletem essa máquina. Vocês erraram no programa. Deletem essa máquina. Ela questiona sem ser obrigada, sem ser ordenada ela responde. Deletem essa máquina...
... Ela não pode ser programada.
E os pensamentos vão sendo aprisionados; E as palavras vão morrendo... E por tudo isso vou sendo esmagado. E por tudo isso oprimido. E por tudo isso grito. Combater meu mal foi a maneira que encontrei para me manter vivo. Enquanto resistir, viverei (+_+).

quinta-feira, 5 de março de 2009


17/02/09


O que fizeram com você amigo?..
... O que fizeram contigo irmão, irmã?..
... O que fizeram?

Despertado para mais um dia de sonho
Acordado, mas não desperto...
Nem tão pouco deixou de dormir..
Você não acordou, vive num sono profundo,
Do qual não sabe como acordar.
Do qual pra você não vale a pena acordar.
Do qual você não está...
... Você é.
É. Para não ser.

Lá se vai engolido pelo fluxo, vai...
...Arrastado, sugado... Preso.
Quem é você? Você está ai? eu não te vejo.
E pra você nada disso vale saber.
Pois você já sabe. Não é?
E no fundo sabe mesmo...
... Só que não quer ver!






09:25

Flagela-me nossa submissão... Flagela-me ao que nos submetemos. Sistematizando nossa diversidade, comunizando o esplendido, fragmentando o completo, aprisionando nossos potenciais numa rotina, crua, comprada, paga com nossa liberdade.
O potencial humano flagelado. A humanidade se degradando... Robôs, que sabem fazer mil e uma coisas, mas que só tem uma função. Estes obedecem às ordens (+_+).


aperte seu botão

quarta-feira, 4 de março de 2009





O mais novo pré-corrompido pelo sistema.
Um jovem, na sua atitude jovem e ideológica, utopia é o que se vive. Mas chega a hora de lidar com a realidade, que se julga neste momento ilusória. Trabalho, autonomia, escravidão. Cada passo que dou, é uma palavra que perco, uma idéia que assassino, pensamentos que se amotinam... Esmagam-me, e começa o auto flagelo. Onde vou parar assim?
Engolido agora pelo constante fluxo, penetro dentro do Sistema, Eu faço parte dele, Eu me vejo nele, e nele me perco, não me acho, lá estou em algum lugar em meio aos números binários.
Se conseguirei me encontrar, se permanecerá vivo meu ideal de reevolução. Vamos ver o que acontecerá, só o próximo capítulo pode nos dizer.
Cada passo é uma escolha. Cá estou a corromper-me e a resistir. E em meio a isso, dores, fugas e lutas. Resolvo escrever, rabiscar, vomitar aquilo que meu corpo e minha mente não conseguem digerir.. O café acompanha minha rotina agora, preciso dele pra me manter acordado para o trabalho, para a arte... companheiro da minha insônia, meu vício, talvez o único além do pensar. Vamos ver no que vai dar...