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quarta-feira, 23 de setembro de 2020

O que é real?

Nunca antes essa pergunta fez tanto sentido.

sexta-feira, 18 de setembro de 2020

Hoje o cheiro é  de fumaça.

fábrica de ideias


[17/9 01:53] Lucas: Me identifiquei: "O fácil é 
chato" pq nao te faz pensar "
[17/9 01:55] Lucas: Hoje arrumando as coisas eu pensei no que você falou da bancada nao precisar ter as partes versáteis. 
Ao eu pensei de fato nao precisa tanto então porque eu penso dessa forma porque a criação aparece assim?
[17/9 01:57] Lucas: É  mais fácil fazer sem firulas. Ao mesmo tempo me dei conta do meu organismo e que nao se trata muito de criar um espaço oficina pra construir coisas. Pra fabricar produtos. Mas me interessa além das coisas fabricar ideias... ou seja o produto que desejo não são materiais... são imateriais. É os objetos produtos criações são ferramentas pra ajudar atingir o imaterial.
[17/9 02:00] Lucas: Ou seja. Não é criar algo. Produzir coisas. Nem pra que serve determinado produto ou como funciona. Mas sim o que determinado produto expressa ao ve-lo e ao manuseá-lo, e onde ou no que através disso passa a refletir criar pensar.
[17/9 02:03] Lucas: O irmão da paloma veio aqui e ao ver os painéis ficou um tempo observando de cima a baixo e disse "que engenharia!"
Um amigo veio e disse " caramba  cara não imaginava a complexidade da coisa quando você me falou"
[17/9 02:05] Lucas: E nem colocamos as polias... Ou seja... acho que tô reconhecdndo que me interessa mais fabricar ideias... quem me dera se ganhasse 1 real por cada uma haha.  Mas quebrar paradigmas visuais ou colaborar com a desconstrução da cosmovisão de cada um através de propostas artísticas. Fabricar ideias.
[17/9 02:07] Lucas: Então estaremos ali imergidos em produtos que devem financiar tudo. Porém o mais interessante será termos um ambiente, um portfólio, uma criação ideológica idealista onírica intelectual..
 Gerar matéria onírica intelectual durante todo processo (e quiçá científica caso consigamos documentar calibrar  tudo)

matas

Pra cada foco de queimada,
Uma semente infiltrada,
A cada carne queimada 
Uma muda expressada,
Por cada pata assada,
Uma raiz adubada,
A cada macaca carbonizada,
Uma copa cultivada
A cada índia violada, 
Uma agência bancária podada.
A cada criança desmatada 
Uma cede acinzentada.

Porque o fogo também é vida.
Alimento. Calor.
Porque o fogo também é história.

Pelas matas as chamas matam...
 um dia é  da caça outro do caçador.

sábado, 12 de setembro de 2020

Caminho do Mar

O dia encerrou... Até que foi produtivo. Cansativo. Consegui gelar um vinho barato. Tô aqui na área de trás. Na verdade eu estava procurando um lugar pra beber. Pensei em subir. Mas nenem chorou e fico preocupo desço e ai vai o tempo. Voltou  a  dormir. Tomei uma ducha e onde bebo?
Fui pro quarto vago. Quente.
Fui na sala. Ventilador ligado. Quente.
Pensei na varanda e subir... ai dei uma conferida na área de trás. Escuto. Gélido. Perfeito. Senti uma brisa que vinha do mar. Juro. Cheiro de sal. Cheiro de mar. Pura maresia. Não sei se veio de algum ônibus que subiu a serra, quiçá abriu as portas na garagem aqui de trás e olhai a maresia viajou de dentro e na hora daquele som maneiro de ar que sai das portas de ônibus a maresia se sentiu uma bebida gasosa... melhor... frisante... que veio direto bater na minha porta me convidar pro seu aroma. nostálgico.

Mas levantando a cabeça levemente pra sei lá, liberar as narinas, inspirando profunda e levemente você percebe que é mar puro mesmo, tem quase nada daquele cheiro de estofado junto. Ventania norte? Carregou céu mar até mim? Não tem cigarros. Nem gasolina. Nem cheiro de estofado e ácaros pra somar com meu cocktail de grãos e secas. É Mar em vento batendo na cara. Sal puro coçando as narinas poluídas... no escuro do roxo céu, percebe-se uns quatro  micropontos cintilantes, dois piscam, outros dois são planetas alinhados. Há  tempo não comia nozes nem castanhas nem essas coisas caras
.. Tento discernir no paladar a macadamia, trago o vinho seco barato e bom e levar os farelos hora presos por dentre os dentes, há tempos não degusto minha companhia, há tempos não sinto a água rala da quebra de ondas extravagantes subir o liso pavimento de grãos de areia e beijar-me os pés. Gelada. Noite quente. Fresca noite abafada.
Há tempos são os jovens e as crianças que adoecem, anciãos se perdem, e meus vizinhos dormem. 7 torres. Uns 90 andares. 190 apartamentos. Talvez menos. Talvez mais. Daqui do ponto de vista cosmovisão limitada 19 luzes acesas. Estão comigo acordados estes. Apesar que estou no quintal e acordado, racionando os goles, e estou no escuro, eu mesma não seria contado como estou a contar. Tal qual seres humanos urbanos contam, estes também esquecem, e esquecem luzes acesas, dando a entender que estão acordados, porém. Já dormem a 5 sonos. Gostaria de saber quem criou a contagem de sonos, provavelmente uma farsa, ou uma licença poética mal interpretada. Tosca. Sono é  sono. Dentre os 1001 sonhos quantos se  podem contar?
16 pessoas acordadas. Julgo. Independente das luzes. Bem. 20. Já que o bêbado em algum quarteirão brada resmungante. Creio que recita sua embriaguez indignada para outros 2. Sim. Eu sei. Somam 19. Mas  a senhorita que a pouco se mudou vinda de silenciosa vila, esta, acorda com qualquer ruído divergente, mesmo já  tendo habituada ao som dos motores. Mas brados retumbantes entorpecidos? Ah... isso infelizmente ainda a acordava e a fazia espiar pela persiana, o que há? Mal sabe ela que aqui não é o que faz barulho que preocupa. Canetas. Gravats. Cinzas. Gatilhos. Vírus. 

Os siolenciosos ruídos ecoantes já não dispersam tantas dormências. Afinal ruídos são paisagens sonoras de nossas janelas laterais e quartos de dormir...  agora são 14 luzes acesas... Dentre essas algumas trocaram. Ali uma que quase certeza esqueceram acesa. Dali a outra novos sons... me espiam? Sons. Ruídos. Paisagens sonoras. Fogos de artifício noturno pra temperar a despedida. O meu tempo comogp com as palavras e com o vinho barato comemorado por desconhecidos se finda. Preciso dormir. Dobram semanas que não adormeço. É hoje preciso preciso preciso dormir... numa boa porra.. vai lá e dorme é  simples. Lembra da.sua técnica.... respiração, oração e meditação. Se não pegar no sono ao menos tende a evoluir durante te a tentativa. Não raro funciona mesmo... quando lembro da técnica. Hora apenas só penso ainda mais. Hora só acordo noutro dia com a boca cheia de saliva dormida. Dessas da manhã meio secas. Funciona mesmo. Tanto quanto a dança a chuva. Problema termina quando decidi deitar. Problema começa  quando decido beijá-la na cabeça e sentir seu cheiro. E a cada movimento observa-la. É no início da sonolência plena desperto. Com brados e choros e reclamacoes não do bêbado. Mas da cria e da criadora. Entre só entre elas.... esperem estou aqui o que pega.... E pela manhã mais uma surra assalariada a óleo graxa e piadas debochadas de nossos sonhos impedidos de sonhar.

Quantos pequenos sonham agora? Quantos a recordar seu sonho pela manhã.

Restam 3 goles... bem, 2 e meio.

Dentre as luzes, 4 são banheiros. Certeza.

Abreijos. Bons sonhos. 


+.+


1:22  -13 de setembro 2020 - Vila Franca.

quarta-feira, 9 de setembro de 2020

A tensão tende a triturar o tesão. Até teu olhar surgir pra me acalmar. Mas teu olhar tá onde? Tão distante quanto mar.

sexta-feira, 4 de setembro de 2020

passa palavra - Gabriel falando dia 2,3

O Lucas me pediu para postar para ele aqui, ja que eu estou voltando para são paulo e ele vai
seguir rumo o uruguay.


Dia 2 (segunda parte)
Chegamos finalmente em pelotas depois de 3 horas e meia de estrada.
Chegando a rodoviaria da cidade, procuramos um onibus que nos levaria para o centro,
encontramos o onibus bem rapido ele ja estava de saida, não ficamos nem 10 minutos
na rodoviaria de pelotas, conversamos com o cobrador do onibus que nos deu algumas dicas
de hoteis baratos, quando chegamos ao centro da cidade vimos que o que não faltava era hotel
achamos o nosso, deixamos nossas malas e saimos para comer.
Enquanto procuravamos algum pico para se alimentar, paramos para fazer uns telefonemas
foi ai que um idiota cheio de cocaina na cabeça nos parou pra pedir moedas para comprar
essa droga de merda, não demos, ele ficou insistindo ameaçou robar agente, mais entramos
em uma lanchonete e conseguimos despistalo.Chegamos ao Hotel ficamos apenas mudando os canais
ja que nada passa de bom na TV ultimamente.Dormimos.

DIA 3
Nesse dia resolvemos conhecer as praias proximas a pelotas, pedimos algumas informações
para o recepcionista do hotel que não me lembro o nome agora mais que era super simpatico
ele nos explicou como chegar em duas praias, a ''praia'' do laranjal e a praia de cassino que
é a praia mais extensa do mundo, resolvemos primeiro ir para a praia logo após o café da manha
que é servido no hotel das 8:00 as 10:00, como de costume quase se atrazamos e ficamos sem
nossa refeição matinal.
Café tomado seguimos primeiro para a praia do laranjal, no caminho passamos por uma praça
que não me lembro o nome, na tal praça havia um castelo de água
(tipo de uma caixa d'agua com uma arquitetura gotica.) O ponto de onibus era logo na frente
da praça.
Chegamos ao Laranjal por volta de meio dia com o onibus lotado e os outros passageiros reclamando
Chegando a praia ficamos chocado de tanto lixo que havia ali (logo falarei mais sobre o lixo).
Começamos a andar pela praia onde achamos uma trilha, e sem pensar duas vezes entramos e fomos
seguindo até chegarmos em uma area particular, voltamos para a ''praia'' de água doce e
resolvemos dar um mergulho.Ficamos algum tempo dentro da água depois saimos para procurar
algo para comer e recarregar o celular, logo após nos alimentarmos e o duarte ter esquecido o celular
fomos ao ponto de onibus para voltar ao centro de pelotas onde iriamos pegar outro onibus para
a praia de cassino,chegando ao centro de pelotas voltamos ao hotel para pegarmos algumas coisas
e partir para cassino.
Após pegarmos um onibus até rio grande, decemos no trevo e pegamos outro para cassino.
chegando em cassino fomos direto até a praia, que é bem bonita, cheia de dunas e venta muito
muito mesmo.Tomamos umas cervas Polar, que só se encontra no RS . Fizemos alguns
videos engraçados do Duarte Vs Vento, Duarte Vs latinha de polar + vento, Duarte Vs banheiro
quimico + vento, o duarte perdeu todos os duelos rsrsrs.
Depois de algumas brincadeiras fomos a rodoviaria de cassino procurar onibus de volta pra pelotas
isso era mais ou menos 8:00 hrs da noite e o sol ainda estava forte, o proximo onibus só sairia
as 10 da noite, compramos nossas passgens e fomos ver o por do sol na praia linda de cassino em cima das dunas
onde ficamos pulando das dunas para as areias fofas, (BEM ALTO) rsrsrs. Enquanto o sol se punha
no horario exato de 9:36 desabafei algumas coisas para o duarte e agradeci a tudo e todos os ensinamentos
que a viagem nos deu, agradeci ao Duarte e algumas pessoas que não estavam presentes, como
o pessoal da okupa, que foi uma familia para nós na nossa passagem por POA.
Com o sol em seu leito e as lagrimas ja secas fomos a rodoviaria para pegar o onibus que chegou atrazado
pela primeira vez na viagem chegamos antes, na verdade o onibus que chegou depois.
Na fila do onibus conheceços o Julio Cezar, um cara gente fina que se interessava por audiovisual
e informatica.
De volta a Pelotas chegamos ao hotel, descansamos um pouco e fomos comer algo em uma van de lanches
que fica na rua do hotel durante toda a madrugada.
Voltamos para o hotel e dormimos.
Talvez esqueci alguns momentos mais depois me lembro e tento voltar para escrever.

Um beijo a todos, abraços


Ga

Eu quero

Que toda criança do mundo... durma aquecida no peito doce de uma mãe.
Que acorde todo dia... Com um sorriso de pai.
Que percorra corredores e praças 
Árvores e pedras
Rios e mato...
Como se fossem no altar...
Raios de Sol e flores...
A preencher de cores
Cada grama de nosso respirar.
Eu quero que cada criança possa ser livre...
Brincar... 
Livre pra levar bronca ao aprontar...
Abraço e afago ao chorar...
Afeto em livre demanda...
E ainda assim possam negar.

quarta-feira, 2 de setembro de 2020