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quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Doce Palavra

09.08.2012 - 01h46

É da Palavra que preciso.
Sem ela desabo, fragilizado,
como um animal sem alimento.
Franzino, desalento, em meu fecho,
me encerro como num casulo duro,
lagarta cinzenta, em teu inverno, violenta,
tão tola, estúpida, ignorante...
[pausa]
Gesticulo,
Sem Palavra não dá pé,
Não dá verso,
Sem verbo envergo,
entre juntas imaginárias de entrelinhas reluzentes,
procurando tuas sílabas, tuas notas, teus acentos,
tuas pausas, teu parágrafo, teu traço
Tua Afirmação, Tua Indagação, Tua Exclamação!
tua traça, teu compasso...
Significado e ritmo,
vírgula, regra, tua lei, quebrada e corrompida,
estilhaçada, rompida em chamas...
ultrapassada...
pelo amor, da Tua Palavra...
E em poesia reafirmada,
pela consciência serena da tua doce narrativa,
Da boca acesa em brasa amena,
profanando tão só a injustiça, o palavrão e o coração de pedra,
Quando transborda, além do véu, além do pseudo homem,
um dizer maior que o mundo, que o estado e a revolução...
Esparramando sementes férteis no ermo,
Doce mel incendiado,
jorrando doce e quente,
o gosto suave e gentil de tuas palavras,
tua paixão, ardente em seus lábios,
Me enche a página de anseio,
o coração de luz e fruto,
meu vazo em azeite até a boca de um desejo,
por Teus abraços e beijos
Deus meu!
por Teus abraços e beijos.


(+_+).









No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.
Ele estava no princípio com Deus.
Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez.
Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens.
E a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam. 
João 1:1-5


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