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segunda-feira, 25 de junho de 2012

O Nascimento do Impossível

14:09 - 15.05.2012

O tempo é frio.
Do solo emergem gigantes de concreto que parecem vir pra estar
eternamente adormecidos.
Pela janela do trem a paisagem passa devagar
Velhas igrejas, fabricas,
por plantas tomadas, vazias
Paradas no tempo
tornam-se memórias
de uma civilização distante.
Versos desbotam desesperança
O agora não é mais presente.
O agora já não é,
nem nunca foi,
nem nunca será.
O agora foi sempre o ontem.
Sempre o outrora,
Um amanhã eterno,
que nos escravizou a um futuro inexistente.
Grãos. Novamente grãos.
Multiplicados no chão,
disseminados, flagelados,
fragmentados,...
A massa do pão sem fermento,
Por baixo das imagens
imaginação editada.
Por trás da imaginação
moinhos de vento obsoletos.
Gigantes que permanecem imóveis.
Não respiram. Não enxergam.
Não se movem. Apenas reinam.
Nos subjulgando junto a paisagem de um velho horizonte de papel.
Por entre as artérias de asfalto e concreto.
Esgoto de hipocrisias escorre feito sangue...
Que por trás do solo penetra a terra.
ainda úmida.
Sangue de outros séculos,
Que tornou o solo fértil,
por entre raízes carbonizados,
frutas estragadas,
A luz do crepúsculo,,
mascaradas pela jaula,
penetrou na sela,
e atingiu amada terra.
Vermelha e Quente.
No forro fóssil de sonhos imortais
uma semente ainda se aquece.
Uma semente permanece.
Se esconde. Resiste.
Clandestina.
Mas ainda viva.
A espreita se sua hora,
repousa alerta em doce ventre.
No colo vigilante no tempo.
Que no mais leve movimento.
Do solo sangue quente emerge.
Trazendo a Luz o velho Reino,
trazendo a Luz o Novo Mundo,
O nascimento do impossível
em meio a frágil história,
Só pode vir por ser eterno.
Amor insurgente.
Veio pra ficar.
Doce e real Revolução (+_+).

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