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segunda-feira, 11 de junho de 2012

Por Que Apenas Um Sonho?


4h53 – 11.06.2012

Loucura.
O que é loucura afinal?

Amar...
Acreditar que se ama?
Sonhar...
Acreditar que se sonha?
Ou verdadeiramente Sonhar?
Ou verdadeiramente Amar?
Por que as perguntas vêm sempre em maior quantidade, e como um rio que transborda em incessante tempestade, atinge e arrasta toda e qualquer resposta que havia lhe ocorrido?
O ciclo mecânico de todo esse organismo, faz a máquina parecer viva.
Essa camada de cinza embaça a vista, até quase cegar. Faz a gente ver os sonhos parecerem falsos, e ver a grande máquina parecer viva. Faz a gente se ver fraco, e ver a grande máquina parecer indestrutível.
Aí essa cortina de fumaça envolve do olhar ao coração, e nos ilude que até o que sempre sonhamos ou ainda nem descobrimos, parecer nunca ter sido mais apenas perecível.
Mas será possível?
Como pode ser tudo tão volátil?
Tudo tão solúvel?
Como pode tudo isso...
Ser tão destrutível?
E ai a gente anda pra trás, e acha isso normal.
E nos afogamos sem sair da superfície.
Matéria plástica, superficial.
Matamos e morremos e nos entregamos à falsa razão e a falsa moral, tão bruta e tão real,
que até nos esquecemos de esquecer que de nada sabemos.
Aí, convictos vomitamos, certos e corretos depositamos, todo esse tédio e repulsa ao repousar nos travesseiros cabeças vazias de sonhos,  todos destruídos, sufocados...
Venderam toda a utopia, só nos restou os pesadelos.
Sombras pesadas, colheres de sopa de pedras amargas,
Concreto pré fabricado, diante do abstrato entardecer edificado...
Tapando o céu com o chapéu e o sol com asneiras,
Fazendo seus planos, poesias e versos virarem besteiras.
Vida adulta, preparem o escritório dessa criança. Logo ela vai crescer. Abram logo sua poupança.
Levem-na ao curso introdutório, de sapatos, gravata, por salto, crescer...
Sem mais bonecas, carrinhos, amarelinha ou TV.
Doces, olhos de brilhantes? há, sem essa pô, da carie, pra quê?
Hora do reformatório, esteja pronto pro escritório!
Hora de largar a frauda, ser pessoa séria,
Sem cegonha, nem fada, nem anjo, meu anjo...
Hora de você crescer!
Se te enforcar a gravata? Se apertar o salto?
Não se perturbe você se adapta, vais se acostumar é só questão de habito.
Se na esquina você escutar, “Mãos ao Alto! Isto é Enquadro! Um Assalto!”
Não se indigne nem lamente sua morte...
Se te roubarem a infância, e assassinarem tua inocência, estuprarem teus sonhos,
não lamente por sua criança... Já que de muitas ainda dispomos.

Pense na pena de morte que ao criminoso impomos.
Matamos. Sim. Sem dó. Matamos.
Só não se esqueça de esquecer...
Que já não há vigília, pois não há amanhecer.
Pois que já estamos condenados, afinal no fim das contas
todos mesmo irão morrer.



Pobre criança.
Sonhou em brincar, mas desejou crescer.












PARE. PISQUE. PERCEBA.





Volte criança, volte...
nunca é tarde pra viver!

(+_+).

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