Páginas

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Do outro lado da linha imaginária

En directo de Montevideo.

É emocionante cruzar a fronteira de um país ao outro a pé e sentir a sensaçao plena de que fronteiras inexistem!

Vou começa o relato atual desde o momento que me despedi do Gabriel, na rodoviária de pelotas. Deixo apra ele contar os momentos, na cidade de pelotas e na rodoviária que anteciparam nossa despedida.

Depois de circular pela cidade de pelotas e visitar o Brasil, voltarmos a rodoviária e ficarmos lá pairando nas nossas incertezas, as quais guiaram e continuam guiando essa viajem. Acabei subindo num onibus, após decidir comprar a passagem nos últimos 10 minutos antes dele partir. O onibus do Ga, foi direto pra San Pablo e ainda no consegui falar com ele. Sei que chegaria ontem as 20h.

O onibus que subi, tinha como destino Chuí, uma cidade metade Brasil metade Uruguay.
Depois de 4 horas de viajem, cheguei a rodoviária, que me mostrou ser Chuíuma típica cidade de interior, porém, movimentada.

A noite busquei hotel, e conversando com as pessoas nao demorei a achar, apesar de estarem bem cheios. Deixando as malas lá, saí para telefonar e entrar na internet. Falei com meu pai e com minha mae, e desde dessa ligacion no falo com minha mae. (to bem viu, da minhas voz falando pra tis)
Andando pelas ruas me indicaram um cybercafe, e quando dei por mim já estava cruzando a fronteira, ele ficava do outro lado da avenida que separa Brasil do Uruguay.
Depois entrar na internet, e ligar, voltei passei em uma lanchonete para comer um Xis e tomar uma água com limao. E voltei ao hotel eram mais ou menos 1h da manha.
Na mañha seguinte quase perdi o café (pra variar). Tirei as coisas do quarto e deixei elas num lugar que a moça me indicou.
Fiquei circulando por Chuí (Brasil) e Chuy (Uruguay) pensando para onde ia, se ia direto para montevideo, ou se passava em algum lugar antes. Resolvi pegar um onibus a noite para montevideo que saía de lá 23h10 ou outro as 1h10 porque com as 6 horas de viajem chegaria em montevideo pela mañha.
E antes de pegar esse bus, eu aproveitaria para conhecer uns fortes que tem por alí.
O mais indicado foi Fortaleza, uma playa (praia) bela, peguei um onibus quando soube que de lá também poderia pegar o onibus para montevideo. Telefonei pela ultima vez no Brasil falei com meu pai, e fui, depois de comprar umas frutas pra viajem e uma barraca de uma pessoa que custou 13 dolares. Como o Ga ficou com a barraca, resolvi comprar aquela além de estar barata, poderia precisar.
No onibus a caminho de Fortaleza, ou Santa Tereza, tirei dúvidas com algumas pessoas brevemente como sempre fazia. Um dos passageiros que me disse para descer num ponto que o nibus tinha parado, eu, atrapalhado, tardei a equilibrar a mala e as coisas na as maos, e ia percorrendo o corredor do bus quando o motorista fecha a porta e da partida, peço para parar em seguida ele para, e ai eu antes de descer pergunto, "¿accá es fortaleza?", o outro tripulante, "hay duas paradas accá e en la rodoviária". Depois dessa confusao, desci confuso ali mesmo, pois imaginei que a rodoviaria seria afastado da praia.
E acertei, desci numa estrada, e ao longe avistava o forte de Santa Tereza.
Caminhei até ele pelo asfalto. No sol.
Lá chegando, paguei como R$1,50 para entrar e conhecer o forte e seu museo. Aquela área foi muito disputada por portuguses e espanhóis. E assim como aqui se faz muito, eles comemoram o dia que o forte foi retomado pelos espanhóis. Heroizamos nossos colonizadores. Porém nosotros nao somos nem Portugueses, nem Espanhóis. E vá se saber. Inclusive a pergunta que mais faço nessas viajens quando bate da minha cara um mundo globalizado(entenderon) é exatamente, "Qual é minha cultura?".. "What is my culture? Whats is our culture?" falei quando conversava com os Finlandeses na bolívia ano passado.
Depois de conhecer o forte, na saìda fali com um casal que vendia artesanatos colares e afins logo na entrada. E depois de conversar um pouco e descançar, pois estava com a mochila nas costas, perguntei como chegaria a playa, e ele me disse que para chegar na praia essa hora teria que pagar, que era só seguir a estrada, mas por ser uma reserva ecológica e uma área militar depois de tarde eles cobram uma entrada.
Mas ele conhecia um caminho, levou-me a colina explicou-me, e despedimo-nos.
Seguindopelos buracos do asfalto, cheguei a um monumento que comemorava o primeiro centenário a retomada do forte, e depois a esquerda pela rota, pulei uma cerca, era uma porteira fechada, e o uruguaio tinha me dito que por ali ninguém me pediria nada que nao teria problemas.
Dito e feito, pulei, achei que ia apenas chegar na praia, quando fui vendo algumas barracas pelo caminho, o lugar é um parque ecológico com várias arvores um imenso bosque.
As barracas foram aumentando, e descobri que fizeram do parque um imenso acampamento.
A essa altura eram umas 19h e claro, ainda estava claro.
Depois de um tempo caminhando descendo, perguntando, encontrando um ou outro carro do brasil, cheguei ao mar.
E foi loco!
Larguei a mochila e descancei por ali, apreciando o mar, junto com várias pessoas que estavam lá, uma praia movimentadinha.
De cima da colina via muitos jovens e montes, e queira que o ga estivesse aqui, e nao só ele como o Fe, o Andersom, o Clañ, a Má, etc...
Fiquei uma carinha olhado porque sabia que o onibus pra montevideo saíria bem tarde de lá.
Entao saindo da praia, segui para o acampamento, e ele ia ficando cada vez maior.
Procurando um posto de informaciones, e também telefone, e nao achando nenhum nem outro, passei por uma caminhonete e dentro dela umcara manejava uma PD (filmadora). Permisión señior!.. Puxei papo com o cara, que também era fotrógrafo, e ele me tratou muito bem, abriu um mapa e foi me mostrando o percurso e as praias que haviam ali. Passou também o nome da empresa mais barata que faz o translado até Buenos Aires.
Seguindo, eseguindo, vi alguns militares, pedi informaciones e perguntei onde pegava o bus pra montevideo, nao consegui muito..
o acampamento ia ficando cada vez mais, cada vez maior... me senti no alice no país das maravilhas. Muita gente.
Por fim, resumindo o corre, para eu chegar na rodoviária de onde sai o onibus, que é na porta da reserva ecológica, precisava pegar uma carona ou um onibus que saia dali onde estava, pois a reserva é bem grande. Só que esse onibus nao ia passar mais aquela noite, fecharam as barracasde venda. E começava a escurecer. E aquele telefone que procurava? rs.. ninguém sabia como discar pro brasila cobrar, havia caído um poste e a linha telefonica foi rompida, e isso eu descobri quando fui verificar a internet.
Sem onibus e sem comunicaçao, estava decidido, que era pra eu ficar ali.
Daí a vantagem da barraca recém adquirida, que havia montado lá em Chuí para testar antes de partir.
Fiquei procurando um grupo para agregar-me, pois com tanta gente, nao queria largar a barraca em qualquer lugar com as coisas.
Ali havia um mercado, na frente desse estava um grupo e um moço fazendo circo, malabarismos para as pessoas. Esperei acabar, e depois de colocar uma moedinha no chapéu deles, puxei papo, dizendoq eu estava viajando e como me tinha dado mal (ou bem). No grupo havia um frances que faz intercambio de arquitetura em montevideo, e me disse que ia para Brasil este año..
No fim fiquei com os caras, rolou de boas, comi um pao com queijo que comprei no mercado, e já havia até ai consumido alguma fruta.
Armei a barraca acerca deles.
Fui conversando más e más. E fomos no emrcado, compramos no rateio coisas para comer e beber.
Foi quando o uruguaio comprimentou um cara, falou com ele, e depois soltou apontando para mim, "ese tambien és brasileiño". uAU! BRAZUCA ALI, era Rodrigo, se bem me lembro, e ele assim que ouviu a frase a cima, soltou, "Brasileiro velho!? Bah!! graças a deus nao aguento mas pensar, nossa, portugues!" e me deu um mega abraço.
Ele é de porto alegre estava indo tomar banho, e eu peguei carona porque também estava precisando. No caminho, passamos pelo mercado e perguntei se vendiam cartao telefonico, e ele me disse que o mercado fechava, entao resolvi também comprar umas batatas antes de ir tomar banho, as frutas ficafvam do lado de fora, numa cabana. Infelizmente chegando ali estava fechado, o moço nao me permitiu entrar. Foi ai que um jeitinho brasileiro a vista nos mostrou outros dois brasileiros. Um dos caras que estava dentro disse, entra ai, ou eu compro as batatas pra você, em português! "Brasileiro?? brasileiros?"
Nessa começamos a dar risada.. haviam dois brasileiro que haviam acabado de chegar de florianópolis, Pedro e Samuel... Eles acabavam de chegar de bicicleta, na quela hora, e faziam apenas 15 minutos, foi muito maluco..rs
Depois de prozear.. rir, fomos tomar banho.
E depois indo lavar as cosas, conversando, Rodrigo, o gremista, me disse que era formado em cinema, e estava pra prestar ciências sociais... Bah!!
O cara tinha duas coisas em comum comigo.. e o show de acasos se dava completo, rs

A noite no acampamento, rolava uma festa, só que só começava bem tarde, e as 3h da manha, fomos eu o Klet o frances, e Diego um uruguaio, e andaríamos os três no resto da minha estadia.
Caminhando até a preia onde era a festa, era uma balada, muita mas muita gente, rolava umas músicas uruguais, tipo psicobregas, e mal havia pensado isso, e começa a tocar músicas essas brasileiras. A galéra pirando no som.
Muita gente gosta do Brasil, dessas músicas dessa cultura, que uma elite nossa regeita aqui, e que eu também nao familiarizo mas que é muito estranho indentificar como parte direta de nosso reconmhecimento aqui.
sei lá.
Sei que depois tocou ivete, e prozas e prozas, pessoas e pessoas,... brasil pra lá brasil pra cá.. no meio dos bregas entra um Ramones! wanna be, e depois Elvis.. haha
E dali por diante alguns rocks e quando uma faixa fina e alaranjada pintou o céu do mar ao longe, começa a tocar iveter sangalo, zeca pagodinho, etc.. maluco! rsss
Várias músicas brasileiras velhas..
O Sol nascendo, encontrei o gremista lá e Samuel.
E ver o sol nascer, ver el cielo, já valeu estar ali.
Aproximei-me e fiquei ali com os calcanhares na água gelada e salgada do atlântico sul, a pensar e agradecer a Deus e a todos que me mandam energias daí.

Depois de trenzinhos, danças, sambas, e lambadas..
apesar de ser divertida na festa havia muita bebida, cigarros e etecétera.. E ai está o ponto que toquei ali a atrás, el mundo globalizado. A juventude é preticamente a mesma aqui do que ai e versa e vice..
Porém uma diferença brava, aqui nao vi ninguem se ofendendo, nem posturas de muleques que vao pra balada pra arrumar briga, eram todos juntos,.. e isso foi diferente.
Voltando pra barraca, morto... capotei..
depois levantei e fui atrás de um telefone..
sei que depois de um tempo consegui ligar e madnar notícias.

De ali, antes de partir fiz um malabares, recolhi uma boa parte de lixo da clareira que estavamos, que havia no acampamento e que hainda deve estar lá. Isso também é igual o lixo. Mas dessa vez eu só recolhi, viu Ga, nao deixei nenhuma mensagem (como ele disse, ele explica depois).

Fiquei haciendo dedo, para tentar pedar uma carona para a entrada do parque uma boa parte do tempo, resolvi telefonar antes de sair, e nos orelhaos encontro Samuel e Pedro com suas bicicletas. Prontos para partir também só que de bice, chegariam em dois diasm montevideo trocamos contatos (aliás trocava contato com todo mundo) e sacamos uma foto, Samuel estava com uma camera.

No fim nao consegui carona, paguei 40 pesos para ir a entrada do parque, fiquei sabendo que lá eles pediriam o papel que se pesava na entrada, que por sinal nao peguei, mas por sinal quase ninguém que estava dentro da van que nos levou a entrada tinha esse papel, e o milico com cara de quem já esperava por isso liberou, parecia frequente a situaçao.

Comprei a passagem pra montevideo, que sairia as 13h10, mas que saiu as 13h50.
Até o onibus sair fiquei conversando com duas uruguaias e um uruguaio que eram de esquerda e o uruguaio usava a camiseta da campanha do mojica para presidente, conversamos sobre as situaçao de nuestros países, trocamos contatos e me despedi.

No bus, dormi um pouco, dali eram 4horas até Montevideo. Depois de um tempo.. puxei assunto com a moça que estava próxima que estava com uma amiga, depois de umas duas pessoas que tinha tentado puxar conversa, ela me respondeu e se interessou, e conversamos a viajem inteira.
No meio do caminho me deu um enjooinho, quase no fim da viajem, achoq ue era por ter ficado virado olhando pra garota na conversa, fui no banheiro e dei uma leve vumitada, nao saiu quase nada.
E depois de descançar um pouco da conversa, estava bom.
Descendo do bus, ela me deu as dicas, e pedi contato e ela me passou o telefone e o email dela e do namorado, para eu ligar qualquer cousa que precisasse.

Agora estou na rodoviária de Montevideo, já peguei um mapa e rabisquei os lugares nele, vou ver se arrumo um hotel, porque fiquei aqui pelo menos 1:30 a escrever a blogada e responder emails.

Amo vocês
Amo muito vocês

No lo importa donde vamos, estaremos siempre juntos!

(+_+).

Um comentário:

  1. EEEE, moço. Ainda bem que a falta de comunicação não demorou mais que dois dias. Estava quase mandando a Força Área Brasileira ir te buscar, acreditando que tivesse sido sequestrado por grupo de guerrilheiros" rsrsrsr.
    Tb te amo , se cuida e volta na sexta feira . Beijo
    Mãe.

    ResponderExcluir